Adema vê indícios de chegada de óleo no rio Vaza Barris

Novas manchas de óleo observadas pela Adema nesta quarta-feira (Foto: Adema)
A substância oleosa, cuja origem continua desconhecida, permanece surgindo nas praias sergipanas. De acordo com informações do diretor-presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Gilvan Dias, o óleo continua chegando em menores proporções, mas está presente nas praias de Aracaju e também do litoral Sul do estado de Sergipe. Na manhã desta quarta-feira, 11, a equipe da Adema identificou novas manchas na extensão do Mosqueiro, em Aracaju, e indicação da chegada do óleo no rio Vaza Barris, conforme informações do diretor-presidente da Adema, Gilvan Dias.

As informações estão desatualizadas. Há mais de um mês que o boletim sobre a quantidade do óleo recolhida foi atualizado. Desde o dia 3 de novembro, não há atualizações, segundo Gilvan Dias. Como consequência, a Adema já notificou a Petrobras e concedeu prazo de 72 horas para a estatal petrolífera atualizar as informações, segundo o diretor-presidente do órgão estadual que cuida do Meio Ambiente.

Segundo revelou, a Adema vem cobrando atualização, mas a Petrobras não apresentou outra parcial relativa à quantidade de óleo recolhida. A última atualização tem data do dia 3 de novembro. Até aquela data, segundo Gilvan Dias, foram recolhidas 1.210 toneladas de óleo nas praias de Sergipe. “Cabe à Petrobras divulgar as parciais”, diz o diretor-presidente da Adema.

Empresa especializada

O Governo do Estado está realizando procedimento para contratação de empresa especializada para manter os trabalhos de limpeza e coleta do material nas praias de Sergipe. O contrato será pago com os recursos, no valor de R$ 2,5 milhões, liberados pelo Governo Federal para esta finalidade, segundo Gilvan Dias. O diretor-presidente informou que o procedimento para contratação da empresa especializada já está praticamente finalizado, faltando alguns detalhes.

Ele informou que há necessidade de manter a limpeza das praias e a coleta da substância oleosa, além do recolhimento do produto que permanece armazenado nos Eco-pontos que estão distribuídos em locais estratégicos à beira-mar. Atualmente, os serviços estão sendo desenvolvidos por uma equipe formada por 93 pessoas, que operam nos locais mais críticos. São servidores públicos cedidos pela Prefeitura de Aracaju e outros terceirizados da Petrobras.

Ibama

A substância oleosa já está afetando 11 estados brasileiros. Todos da região Nordeste e, mais recente, o Espírito Santo e o Rio de Janeiro, no Sudeste brasileiro. São 907 localidades em 127 municípios dessas regiões afetados, conforme os dados revelados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A incidência de animais oleados reduziu, segundo Gilvan Dias. De acordo com a estatística divulgada pelo Ibama na terça-feira, 10, em Sergipe 16 animais morreram e outros quatro oleados sobreviveram. Em todos os estados afetados pela substância oleosa, 155 animais foram atingidos pelo óleo: 109 não resistiram e morreram e outros 46 oleados sobreviveram.
O Portal Infonet tentou ouvir a Petrobras. A assessoria de imprensa se comprometeu a enviar informações ainda nesta quarta-feira, 11. O Portal Infonet permanece à disposição. Informações podem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 – 8000.

Por Cassia Santana / Infonet


*A matéria foi alterada às 7h23 de 12/12 para correção de informação, enviada equivocadamente pela Adema

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