Almir Santana: sem dimensão das consequências das transformações do coronavírus (Foto: SES) |
As mutações observadas no coronavírus, conforme o médico sanitarista, ocorre de acordo com a região e isso poderá trazer dificuldades na criação de uma vacina específica, podendo ocorrer com a vacina contra a gripe cuja composição muda anualmente em função das mutações do vírus, que geram subtipos.
As transformações do coronavírus, conforme explica o médico sanitarista, estão sendo observadas a partir dos estudos do genoma do vírus [do material genético dele, o RNA], que estão sendo realizados especialmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e no Amazonas.
Mas ainda não é possível analisar se essas mutações poderão transformar o coronavírus em um vírus mais ou menos agressivo. “Ainda não se sabe a repercussão disso”, diz Amir Santana. E as formas de prevenção são individualizadas, com a necessidade de manter o isolamento voluntário, como forma de inibir a disseminação do coronavírus. ”Nunca uma doença dependeu tanto do comportamento individual de cada uma”, avalia. “O vírus quer encontrar um hospedeiro, está procurando um ser humano e não se sabe se a temperatura influencia ou não nisso. Estamos no momento de uma doença em que a disseminação e prevenção0o depende de cada um”, alerta.
Cuidados
O isolamento é primordial para evitar a disseminação. Mas há pacientes que necessitam de maiores cuidados, por apresentarem maior riscos: os diabéticos, hipertensos, cardiopatas, obesos e pacientes renais. Precauções como medir a glicemia, auferir a pressão arterial e evitar a exposição, manter o isolamento, são medidas indispensáveis para a proteção, segundo o médico sanitarista.
Aos soropositivos, o médico sanitarista destaca a importância da manutenção do tratamento e também os cuidados, que são indispensáveis a todos – como o isolamento voluntário. Embora, conforme aleta o médico sanitarista, não haver estudos que comprovem que os pacientes vivendo com o HIV/Aids tende a ter riscos maiores para a infecção do coronavírus.
É uma questão, conforme o médico, relacionada à baixa imunidade do paciente, muito comum em soropositivos. “A imunidade mais baixa pode aumentar o risco”, observa Almir.
Por Cassia Santana | Infonet