Tamar alerta para aumento de ataques de cães a tartarugas marinhas

(Foto: Projeto Tamar)
O Projeto Tamar Sergipe está em alerta com o crescente número de ataques de cães a tartarugas marinhas. Nesta quinta-feira, 2, mais um animal foi encontrado morto em virtude das mordidas que levou durante a desova na praia de Pirambu. Este foi o oitavo caso nas últimas duas semanas e o trigésimo segundo de 2020 a 2021, de acordo com dados da Fundação Projeto Tamar.

“Esses ataques geralmente ocorrem no período em que as tartarugas sobem às praias para desovar. É um momento em que elas estão vulneráveis. Então, os cachorros acabam mordendo as tartarugas em regiões das nadadeiras e pescoços, causam perdas de sangue e esses animais acabam morrendo por causa da hemorragia e também por complicações secundárias em decorrência dessas mordidas”, explica a médica veterinária do Projeto Tamar, Gabriella Dutra.

O número de casos desses ataques tem aumentado gradativamente. De acordo com dados do projeto, de 2009 a 2014, 27 casos foram registrados. De 2015 a 2019, esse número subiu para 32. Porém, de 2020 a 2021, em apenas um ano, a fundação já registrou 32 ataques, número que preocupa o órgão.

“Essa é uma ameaça antrópica que tem chamado a atenção da Fundação Projeto Tamar por conta da grande perda biológica, uma vez que as fêmeas de tartarugas atacadas estão sadias e em período reprodutivo, o que acaba interrompendo o ciclo de vida das espécies”, ressalta a fundação.

Em relação à identificação dos cães, a Fundação explica que tem sido difícil porque ocorre sempre durante a noite e eles fogem ao perceberem presença humana. “A Fundação acionou os órgãos públicos competentes (prefeitura, Ministério Público Federal e órgãos ambientais) para solucionar esse problema de cães domésticos abandonados ou em situação de maus tratos nas praias, pois não é apenas um problema que atinge somente as tartarugas marinhas, mas também pode impactar toda a fauna silvestre, além de ser uma ameaça para população humana através da transmissão de doenças ou acidentes causados por mordidas”, afirma a fundação.

O Projeto Tamar informou que de acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998), os tutores dos cães podem ser identificados pelos órgãos competentes, que podem aplicar sanções e penas para captura, matança, coleta de ovos e distúrbios de habitat da fauna silvestre.

Por Luana Maria e Verlane Estácio com informações do Projeto Tamar


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