(Foto: Internauta) |
Segundo denúncia enviada ao Portal Infonet, a situação é ainda mais grave porque o idoso possui um quadro de cardiopatia e utiliza um marca-passo. No momento do atendimento pela equipe do Samu, o paciente apresentava um quadro de cianose (coloração azulada da pele decorrente de oxigenação insuficiente do sangue), além de saturação de 70%. Enquanto esperava pelo atendimento hospitalar, o idoso ficou na maca do Samu e no corredor do hospital.
Ainda segundo a denúncia, a informação passada pelo Hospital é de que o paciente não seria atendido por não haver bico de O2, devido à superlotação. Como não houve o recebimento imediato do idoso, a viatura e a maca ficaram retidas e indisponíveis para atendimento das demais ocorrências. A equipe do Samu responsável pelo atendimento ao idoso prestou um Boletim de Ocorrência para relatar o caso.
O Hospital
A superintendente do Hospital Regional José Franco Sobrinho, Isa Prado, informou que o paciente idoso já está sendo assistido pelos médicos e explicou que a dificuldade no recebimento do paciente se deu devido ao espaço destinado à síndrome gripal, que está funcionando acima da sua capacidade. Outro motivo é que, no momento, somente dois médicos estavam de plantão.
“Hoje à tarde, tivemos ciência que o Samu traria um paciente com sintomas gripais como “vaga zero”, que é uma prerrogativa que eles usam quando a unidade está sem capacidade de recebimento por superlotação. Os dois médicos que estavam de plantão, estavam dando assistência a pacientes internos, inclusive com intercorrências graves na área vermelha, na área amarela e na área gripal. Um terceiro médico chegou ao plantão para se somar os demais, já no final da tarde de hoje, e foi assistir o paciente. O paciente foi deixado pelo Samu aos cuidados da enfermagem e neste momento já foi assistido pelo médico”, explica.
SES
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) também se pronunciou e disse que, mais uma vez, o Hospital registrou grande demanda de pacientes com sintomas gripais, superlotando a unidade hospitalar, e que nessa condição foi necessário reorganizar os leitos para admissão de novos pacientes. Segundo a SES, durante esse período, o paciente em questão não ficou desassistido, pois estava monitorado pela equipe do Samu, que é formada por médico, enfermeiro e um auxiliar.
Por Luana Maria e Verlane Estácio
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